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"Ora, ora! É você?" Surgiram, em um ponto rochoso que se projetava sobre o vale, as relíquias de um palácio, cuja beleza o tempo apenas havia ofuscado para realçar sua sublimidade. Um arco de singular magnificência permanecia quase intacto, além do qual surgiam penhascos selvagens que se retraíam em grande perspectiva. O sol, que já se punha, lançava um brilho trêmulo sobre as ruínas e dava um toque final à cena. Eles contemplavam a paisagem com admiração muda; mas a luz que se esvaía rapidamente e o ar frio e úmido os alertavam para retornar. Ao lançar um último olhar à cena, Júlia percebeu dois homens encostados em uma parte das ruínas a certa distância, conversando animadamente. Enquanto conversavam, seus olhares estavam tão atentamente voltados para ela que ela não tinha dúvidas de que era o objeto da conversa. Alarmadas com a circunstância, madame e Júlia imediatamente recuaram em direção à abadia. Caminharam rapidamente pela floresta, cujas sombras, intensificadas pela penumbra da noite, impediam que distinguissem se estavam sendo perseguidas. Ficaram surpresos ao observar a distância que haviam percorrido desde o mosteiro, cujas torres escuras agora se viam obscuramente erguendo-se entre as árvores que obstruíam a perspectiva. Estavam quase alcançando os portões quando, ao olharem para trás, perceberam os mesmos homens avançando lentamente, sem qualquer sinal de perseguição, mas claramente como se observassem o local de sua retirada.